Bento Albuquerque fez dez viagens para o exterior somente em 2019, que chamaram a atenção dos órgãos de fiscalização.
Crédito: Agência Brasil

Viagens de ministro já eram monitoradas antes de apreensão de joias sauditas

TER. 07 MAR

A agenda de viagens internacionais do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e de sua comitiva já era monitorada de perto pelos auditores da alfândega. De acordo com um levantamento feito pelo jornal Estadão, o alto número de viagens chamou a atenção dos órgãos de fiscalização.

Os dados oficiais mostram que só em 2019, foram dez viagens ao Exterior, englobando países como Israel, Estados Unidos, Argentina, Japão, China, Áustria, França e Espanha. Em alguns compromissos, o então ministro acompanhou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em outros, seguiu com sua comitiva para eventos ligados ao setor de minas e energia.

Em 2020, com a chegada pandemia, o número de viagens caiu consideravelmente, resumindo-se a três compromissos. Albuquerque esteve apenas na Índia, nos Estados Unidos e na Áustria, para a conferência anual do setor elétrico.

Em 2021, Bento Albuquerque participou de seis encontros internacionais. Passou pelos Estados Unidos, Áustria, Rússia, Inglaterra e Emirados Árabes. Foi em outubro de 2021 que o então ministro fez a visita à Arábia Saudita e recebeu as joias avaliadas e mais de R$ 16 milhões, enviadas como presente a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Apesar de ter liderado o Ministério de Minas e Energia por apenas cinco meses em 2022, Albuquerque chegou a realizar sete viagens internacionais neste curto período, passando por países como Suriname, Guiana, Uruguai, Portugal, Rússia e Índia.

Agência Estado

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